Advertência

As matérias aqui publicadas são de inteira responsabilidade dos autores, não significando necessariamente a opinião oficial da AMCES

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Feliz Natal e Próspero Ano Novo

O ano de 2013 vai chegando ao fim. Nossos corações agora voltam-se para Jesus e para a reforma de nossa vida.

A festa de Natal e o tempo que a antecede (Advento) são ocasiões propícias para uma renovação espiritual verdadeira. Uma boa confissão após um exame de consciência sincero e extenso é certamente fundamental para ordenar a nossa alma para Deus.

Além disso, a virada do ano civil pode ser uma oportunidade para renovar os bons propósitos ou fazer novos, caso necessário, a fim de que a nossa vida seja cada dia mais coerente com o Evangelho e repleta do amor de Deus.

Como está escrito: "Caritas Christi urget nos" (o amor de Cristo nos impele). Que esse amor de Cristo, que podemos contemplar com tanta doçura e afeto na simplicidade dos presépios, seja a motivação que precisamos para sermos bons cristãos, pessoas melhores e cidadãos de bem.

A Associação dos Médicos Católicos do Espírito Santo faz votos de que a sua vida, caro leitor, seja abençoada pela presença de Jesus. Abra bem as portas do seu coração e deixe a luz do Céu entrar. Maria Santíssima e São Lucas nos ajudem a todos.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Nova diretoria da AMCES

No dia 14 de outubro próximo passado, foram realizadas as eleições para a diretoria da Associação dos Médicos Católicos do Espírito Santo. A chapa foi formada por consenso entre os presentes.

A tomada de posse dos eleitos ocorreu durante a Santa Missa do dia 01 de novembro, celebrada pelo padre Adenilson Antonio Schmidt, na sede do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo.

A nova diretoria ficou assim constituída:

DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente: Dr. Flávio Luiz Rua Ribeiro
Vice-presidente: Dr. Ayrton Gomes da Fonseca Filho
Secretário: Dr. Ricardo Petroni Smiderle Passamani
Tesoureira: Dra. Sayhonara Christina de Almeida Zanotti

CONSELHO FISCAL
Dr. Geraldo Nogueira de Oliveira (Presidente)
Dr. José Brunoro
Dr. Paulo Roberto Moulin Junior
Dr. Edmar Olympio
Dra. Maria Elizabete de Carvalho Marinho

Aos nossos leitores, pedimos orações para que a nova diretoria consiga levar adiante este apostolado, para a maior glória de Deus e para o bem das almas.

Viva a cultura da vida!


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Dr. Mario Tadeu fala sobre a reinauguração da Capela do HUCAM

Publicamos a belíssima entrevista concedida pelo professor Dr. Mário Tadeu Penedo Borges, a respeito da recente e faustosa reinauguração da Capela Santa Terezinha do Menino Jesus, no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM-UFES), também conhecido como Hospital das Clínicas.

AMCES: Conte um pouco sobre a sua história de vida. Como decidiu ser médico? E por que é católico?

Dr. Mário Tadeu: A minha família é grande e são todos católicos praticantes. Estudei (antigamente) o primário, o ginasial e o científico no Colégio Salesiano de Vitória, onde havia todos ensinamentos do cristianismo-catolicismo.

Eu decidi ser médico porque meu pai foi um grande médico pediatra aqui em Vitória, e nenhum dos meus 06 irmãos optaram por esta profissão. Estudei na Faculdade de Medicina da UFES.

AMCES: O que motivou o senhor a liderar o processo de restauração da Capela Santa Terezinha?

Dr. Mário Tadeu: A iniciativa da restauração da capela do Hospital das Clínicas, foi da coordenadora da Câmara Técnica de Humanização do HUCAM (Janildes dos Santos) da qual faço parte, que perguntou-me se eu aceitava levar adiante este dificílimo projeto e eu aceitei. 

AMCES: O senhor poderia nos contar um pouco da história da Capela?
 
Dr. Mário Tadeu: A capela Santa Terezinha do Menino Jesus do Hospital das Clínicas, foi inaugurada em 1957, pelo diretor do então Sanatório Getúlio Vargas, Dr. Jaime Santos Neves, e foi construída a pedido dos pacientes que aí ficavam internados por longos períodos e necessitavam de um local para fortalecimento espiritual e assim ajudá-los na recuperação de sua saúde.

AMCES: Quais as maiores dificuldades que o senhor enfrentou para levar adiante o projeto?
 
Dr. Mário Tadeu: As principais dificuldades para a conclusão da nossa obra de restauração da capela foram a obtenção de recursos financeiros e doações. Um grande percentual do dinheiro necessário foi obtido através da venda do livro de minha autoria "A LUA CHEIA NASCE PARA TODOS" que eu doei para este projeto

AMCES: E quais foram as surpresas positivas?
 
Dr. Mário Tadeu: Em primeiro lugar foi o sucesso de vendas do livro acima citado. Não esperávamos vender 700 exemplares no prazo de apenas 4 meses. Em segundo lugar foi a participação voluntária do setor de manutenção do HUCAM, através do seu chefe Rogério Cardoso Loureiro, que eu não conhecia e considero a sua participação por iniciativa própria um verdadeiro milagre. Dediquei a ele um capítulo do meu segundo livro sobre a reabertura da capela, chamando-o: "São Rogério da Manutenção". Este livro ficou belíssimo, segundo aqueles que estão comprando-o. Continuamos vendendo este livro para ajudar em algumas dívidas que ainda ficaram da obra de restauração.

AMCES: Na sua opinião, qual a importância que a Capela tem para o Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes?

Dr. Mário Tadeu: A importância da capela para o hospital também está descrita detalhadamente neste livro. Em poucas palavras eu diria que é um local sagrado para o fortalecimento espiritual de toda a comunidade do HUCAM, principalmente os pacientes e os seus parentes. Dando-lhes conforto, esperança e colaborando muito na recuperação da sua saúde.
 
AMCES: Deseja fazer algum apelo, divulgação ou pedido especial aos médicos católicos do Espírito Santo e aos pacientes?
 
Dr. Mário Tadeu: A capela continua dependendo de doações. Ela não tem verba oficial. Se algum médico quiser fazer uma pequena doação ou comprar o meu segundo livro, que descreve todo o milagre deste projeto, estamos vendendo-o (R$ 20,00) lá no HUCAM.

A capela já está tendo missa todas às quartas-feiras, às 15:00 horas. Pretendemos fazer uma belíssima missa de natal dia 20 de dezembro próximo às 19:30 horas.
 




sábado, 21 de setembro de 2013

Papa Francisco fala aos ginecologistas

Extraído de Zenit
O papa Francisco lembra que a vida é sagrada e inviolável sempre
ROMA, 20 de Setembro de 2013
Francisco refletiu sobre a situação paradoxal da profissão médica. Por um lado, explicou, estão os progressos da medicina e por outro o risco de que o médico perca a própria identidade de servidor da vida. Disse o Papa durante a audiência desta manhã aos ginecólogos católicos que participam no Encontro da Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos.
Esta situação paradoxal, explicou o Santo Padre "é vista no fato de que, enquanto as pessoas recebem novos direitos, às vezes até mesmo presumidos, nem sempre a vida é protegida como um valor primário e o direito básico de todos os homens. O objetivo final dos médicos sempre é a defesa e promoção da vida”.
Neste contexto contraditório, o papa também quis destacar que a Igreja faz uma chamada às consciências de todos os profissionais e voluntários da saúde. Por isso, o Santo Padre falou da cultura do descarte, “que hoje escraviza os corações e as mentes de muitos, têm um custo alto: requer que sejam eliminados seres humanos, especialmente se são fisicamente e socialmente mais fracos”. E o papa afirmou que “nossa resposta a esta mentalidade” é um sim, decidido e sem vacilação, à vida”.

Da mesma forma observou que "as coisas têm um preço e são vendáveis​​, mas as pessoas têm uma dignidade" e, portanto, continuou, "a atenção à vida humana na sua totalidade tornou-se nos últimos tempos uma verdadeira e própria prioridade do Magistério da Igreja, em especial a favor dos mais indefesos".

Neste sentido, Francisco lembra que "no ser humano frágil todos devemos reconhecer o rosto do Senhor". E acrescenta “cada criança não nascida, mas condenada injustamente ao aborto, tem o rosto do Senhor, que antes mesmo de nascer, e depois logo nascido experimentou a rejeição do mundo. E cada ancião, também enfermo ou no fim dos seus dias, traz em si o rosto de Cristo. Não podem ser descartados!”, advertiu o Papa.

O terceiro aspecto que enfatizou foi o de dar testemunho e difundir a “cultura da vida”. Encorajou os presentes com as seguintes palavras: “Ser católicos implica uma maior responsabilidade: em primeiro lugar consigo mesmo, pelo esforço de coerência com a vocação cristã; e depois com a cultura contemporânea, na necessidade de ajudar a reconhecer a dimensão transcendente da vida humana, o rastro do trabalho criador de Deus, desde o primeiro instante da sua concepção”. E recordou-lhes que “O Senhor conta convosco para difundir “o evangelho da vida”.


Concluindo o seu discurso, o bispo de Roma disse-lhes que “vocês estão chamados a terem uma preocupação pela vida humana na sua fase inicial, lembrem isso a todos, com fatos e com as palavras, que esta seja sempre, em todas as fases e em todas as idades, sagrada e sempre de qualidade. E não por ser um argumento de fé, mas de razão e de ciência!


Da mesma forma, lembra que “não existe uma vida humana mais sagrada do que outra, como não existe uma vida humana qualitativamente mais significativa do que outra. A credibilidade de um sistema sanitário não é medida somente pela eficiência, mas especialmente pela atenção e o amor com as pessoas, cuja vida é sempre sagrada e inviolável".


O Discurso completo em italiano pode ser lido AQUI.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Escola de Evangelização Palavra Viva

Publicamos este artigo a pedido da Escola de Evangelização Palavra Viva


         A Escola de Evangelização Palavra Viva é um fruto gerado pelo carisma da Comunidade Católica Palavra Viva. Nosso fundador, Alysson Norberto da Costa, impulsionado e impelido pelo desejo de anunciar Jesus ao mundo, se sente tocado por Deus para mais este projeto.

           

        Teve início em janeiro de 2008, o ano letivo inaugural da Escola de Evangelização dispensando uma gama potencialmente rica de temas e estudos, sedimentada por grade de professores singular proporcionando aos estudantes uma formação integral - intelectual, espiritual e humana -, como é objetivado na fundação da Escola acentuada nas  palavras de João Paulo II no ano de 1998, Pentecostes, em Roma: “a missão dos novos movimentos e das novas comunidades é a de gerar lideranças cristãs maduras’’.

           

        Dentro do roteiro formativo da Escola, os alunos desenvolvem diversas pesquisas abordando variada temática. Os alunos fazem uso de recursos diversos, como tecnológicos, utilizam documentos da Igreja e livros diversos que auxiliam no aprimoramento de seus conhecimentos.

           

       Os alunos da Escola de Evangelização Palavra Viva são enviados em missão a diversas paróquias, colégios, que são em sua maioria em outras cidades, juntamente com os consagrados da Comunidade Católica Palavra Viva, para viverem uma experiência missionária, saindo da sala de aula, das aulas teóricas e colocando em prática todo o conteúdo e técnicas para uma nova evangelização cheia de dinamismo.
           

       Com pregações, orações, com muita alegria e conduzidos pelo Espírito Santo, alcançando o coração das crianças, jovens e famílias de diversas realidades. É uma experiência frutuosa,que busca atender ao mandato de Cristo:

”Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.”
(Mc 16,15)


São muitos os jovens brasileiros que nos procuram no final do ensino médio ou depois que saem da universidade buscando formação em uma linha mais humana, principalmente com um grande desejo de serem formados para ajudarem outras pessoas.
Nem todos os alunos possuem condições financeiras para sua própria manutenção. Então aqui eu quero pedir a sua ajuda. Você gostaria de apadrinhar um aluno em dificuldade?
Para maiores informações entre em contato conosco:


Carla Vargas


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Reinaugurada Capela Santa Terezinha - HUCAM



por Jorge Medina
Depois de 15 anos fechada, a Capela do Hospital Universitário Antonio Cassiano Moraes (Hucam) será reaberta nesta quinta-feira, dia 8 de agosto, às 18 horas, com uma celebração de uma missa. A reforma foi completa. Foram realizados a troca do telhado e das instalações elétricas, pintura, serviços de calhas, reformas de portas e janelas e outros reparos menores.
O valor total da restauração ficou em torno de R$ 80 mil. Parte dos recursos foi proveniente da venda do livro “A lua cheia nasce para todos”, do professor e médico da Ufes, Mário Tadeu Penedo Borges. A venda do livro representou 30% da arrecadação. Os restantes, 70%, foram obtidos por meio de doações de empresas e pessoas físicas.
A iniciativa da restauração da Capela e da arrecadação do dinheiro para efetuar a reforma foi do professor Borges, que é professor do departamento de Clínica Médica do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Ufes e médico do Hospital Universitário (Hucam) há 33 anos.
A Capela fica localizada no CCS, em Maruípe, e foi edificada em 1950, quando ainda funcionava o antigo sanatório Getúlio Vargas. Representava um local de oração, fé, isolamento, recolhimento e fortalecimento espiritual de toda a comunidade hospitalar, principalmente para os pacientes e seus parentes.
Lançamento - Durante a cerimônia de reabertura será lançado o livro  “A reabertura da Capela do Hospital das Clínicas – um milagre de Deus”, também da autoria do médico Borges. A obra relata todo o processo de restauração da capela.
Foto: Capela do Hucam. Crédito: Jorge Lellis.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Aprovado o PL 03/2013 - Avança a agenda abortista no Brasil

por Ricardo Passamani

A presidente Dilma Roussef sancionou ontem o projeto de Lei 03/2013, que regulamenta a "profilaxia da gestação".

Para ler o relatório completo da Senadora Ana Rita (PT-ES), da Comissão de Direitos Humanos, clique aqui. O que mais preocupa é a seguinte parte:

"Em seu artigo 2º, define violência sexual de modo bastante amplo, tomando a falta de consentimento como o critério que caracteriza a violência. Assim, é violenta 'qualquer forma de atividade sexual não consentida'."

Ora, tal extensão do conceito de violência sexual pode representar, na prática, a abertura das portas para a legalização do aborto em nosso país.

De acordo com o advogado Paulo Fernando Melo da Costa, em entrevista recente ao grupo ACI Digital, na prática, qualquer mulher que chegue a um hospital alegando ter tido uma relação sexual não consentida (a definição de violência sexual que figura no PLC 3/13) ganha assim o direito de ser levada a um serviço de 'aborto legal'". 

Essa decisão ocorre uma semana após a Jornada Mundial da Juventude, a despeito de tantos apelos contrários. Por exemplo, uma estação da Via-Sacra na praia de Copacabana foi totalmente dedicada à mulher gestante e à luta em favor da vida e um casal que levava o ofertório ao Papa Francisco durante a Missa de envio, diante de mais de 3 milhões de peregrinos, utilizava uma camisa com frases de rejeição ao aborto. 

Também a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil manifestou-se antecipadamente, pedindo o veto parcial do texto do projeto aprovado no Congresso. Numerosos grupos pró-vida, advogados católicos e sacerdotes (incluindo os muito conhecidos Pe. Joãozinho e Pe. Paulo Ricardo) solicitaram o veto total do projeto de lei. 


Façamos a nossa parte e rezemos pela vida dos nascituros, pelas gestantes e pelos nossos políticos, para que sejam defensores da vida. Como disse um famoso articulista cristão, tomara que essa lei "não cole". 


OBS: A expressão "profilaxia da gestação" é utilizada para designar o uso das pílulas de emergência que, como sabemos, impedem a nidação do ovo (se já ocorrida a fecundação) tendo, por isso mesmo, grande potencial abortivo, embora sempre pretendam utilizar eufemismos. 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

"Quero ser médica..."

Por Roberta Passamani*
(estudante de medicina do 9° período da EMESCAM)
 
Médicos cubanos, 8 anos de curso, 2 anos de emprego compulsório... e mais aqueles velhos problemas de sempre (falta de estrutura, salário que desvaloriza, etc). Tudo isso está na boca dos estudantes de medicina desse país; também no coração, cheio de inquietude. O curso de medicina é desgastante e, quase apavorante! Noites perdidas, amigos e família deixados de lado. Conversando agora há pouco com meu irmão, podemos trazer a tona a grandeza que é ser um acadêmico de medicina. Estamos nos preparando para salvar vidas, para fazer nascer e até renascer. Então, que em meio a toda essa confusão, façamos a nossa parte, não nos calemos, confiando que, milagrosamente, haverá bom senso nos encarregados dessas decisões. Porque quero ser médica para atender um paciente por vez, chamando cada um pelo seu nome. Que não seja só um caso, só um numero, só mais um doente. Que seja uma pessoa como um todo, com uma história, alguém que deseja e precisa ser amado.

Então, POR FAVOR, que não venha um governo metido a socialista me fazer atender rápido um paciente porque tenho que ter 4 empregos. Que não me venha fazer dizer que nada pode ser feito, porque não há vaga na UTI. Que não me obrigue mandar esperar, porque não há equipamento de exame disponível. E que, no fim, não me venha culpar pelas calamidades da saúde publica desse país.
 
 Grupo de internato, nova etapa em nossas vidas a partir desse período! Um por todos e todos por um. Vamos chegar lá! Grande alegria ter vocês como companheiros.
 
 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Um versículo do Livro da Sabedoria

Por Dr. Geraldo N. Oliveira (via blog Cristo Cósmico)

Não me surpreendo mais  quando, de repente, um versículo  da Bíblia sintetiza uma coisa complexa para ser dita e/ou escrita.

Assim me aconteceu recentemente com um versículo do livro “Sabedoria”.

O texto original e sua tradução vão aí adiante:

Sab 1,7 - ὅτι πνεῦμα Κυρίου πεπλήρωκεν τὴν οἰκουμένην, καὶ τὸ συνέχον τὰ πάντα γνῶσιν ἔχει φωνῆς.

Que significa :  porque o Espírito do Senhor preenche o universo, e Aquele que une todas as coisas conhece  a voz.

Passei dias (ainda estou nessa) curtindo a verdade e a beleza do pequeno texto.

Pudesse eu compartilhar...posso tentar...

Meio  arbitrariamente  vou dividi-lo em três  segmentos, comentando-os sob a minha ótica.

1)    porque o Espírito do Senhor preenche o universo (ὅτι πνεῦμα Κυρίου πεπλήρωκε τὴν οἰκουμένην)
Não desisto de pensar que o universo tem uma causa. Senti isso desde a infância e acabei por aprender os aspectos técnicos dessa conclusão num texto de Aristóteles, o “A respeito da Física”, mais precisamente no 8º livro. Vi tal concepção retomada e simplificada na Summa contra Gentiles (São Tomás de Aquino).
Também não posso não pensar que o que se apresenta no efeito precisa existir de forma mais perfeita  na causa.
Também (e ainda) parece insensato pensar que a causa não persista causando , já que a causa entrevista por Aristóteles se situa fora da ordem física, não sofrendo, portanto, as transformações inerentes à ordem física. Ao contrário, a causa continua causando, pois que é de tal natureza que se cessa de causar o efeito não sobrevive.
Claro, estou colocando umas ideias soltas, sem mergulhar no mérito de nenhuma delas. Mas pode-se mergulhar. Num outro momento. Agora  interessa-me apenas  indicar por alto a complexidade da reflexão  que , de repente, como num encantamento, aparece em uma poucas e estranhas palavras : ὅτι πνεῦμα Κυρίου πεπλήρωκεν τὴν οἰκουμένην   ou  “porque o Espírito do Senhor preenche o universo “
2)    καὶ τὸ συνέχον τὰ πάντα (e Aquele que une todas as coisas)
Este fragmento vem como pesado reforço ao fragmento anterior. A palavra συνέχον  é um substantivo  que tem a  ver com o verbo συνέχω, que, por sua vez é  composto de duas partes : συν  que exprime a ideia de juntar, de unir, e έχω, que significa literalmente “eu tenho” ou “eu mantenho”. A palavra me parece ficar bem traduzida por “aquele que une”.
(Curiosidade: Temos em português pelo menos uma palavra que                tem tudo a ver. É  “sinéquia”, do vocabulário médico , e se refere a situações em partes de um órgão ,ou estruturas, que deviam estar separadas se encontram  “aderidas”.  Pode ter como sinônimo “aderência”).
Volto ao fio da meada. O que está dito é que o Espírito de Deus é fator determinante da união de cada parte do universo. Ora, dirão , não caberia  ao conhecimento  científico  determinar que coisa é que une coerentemente todas as coisas. Sim, cabe à razão investigar, mas também pela  mesma razão eu sei que a causa última da realidade que experimento está fora da ordem desta mesma realidade que experimento. Repito, a causa última pertence a outra ordem de ser, a outra natureza, o que exclui o panteísmo.A causa última não pode cair sob o olhar de um microscópio nem sob um telescópio.
Só por via da revelação posso saber algo a respeito de sua natureza. Mas o versículo me diz algo que muito me interessa : é o Espírito do Senhor que mantém unidas todas as coisas, sustenta todas as coisas num todo imenso e coerente.
O Espírito do Senhor pode, assim,  ser  contemplado  (= visto com o pensamento, conforme define o Aurélio)  por “transparência”. E preenche o universo, de modo que não está só aqui, mas também ali, acima, abaixo, fora, dentro, aquém, além, no material,  no imaterial... ativo  em tudo, o tempo todo, e em  todo lugar.
Por isso é que cantamos às vezes “o amor de Deus se mostra em pleno sol”.
3)    Agora o final:     γνῶσιν ἔχει φωνῆς ( tem conhecimento da voz)
Sem precisar dizer mas  já dizendo, o sujeito gramatical deste fragmento é “o Espírito do Senhor”. Agora sabemos também que  “aquele que une todas as coisas” também “conhece a voz”.  Bela estranheza esta.  Ele  age, cria,  sustenta... e também ouve. Que voz? Sem dúvida, toda.  E entre todas as vozes do universo se conta a nossa vozinha, miúda mas pessoal, cheia de admiração e amor . Mais importante ainda: há uma vozinha muito muito familiar, a voz do coração,  que não dispõe de palavras  mas às vezes só  de confusos e obscuros sentimentos. Que bom que o Espírito do Senhor também ouve essa voz, a mais disponível de  todas, a mais sincera de todas, a que consegue falar o que não conseguimos dizer nem propriamente pensar.
Em síntese, contemplo o Senhor (por transparência) na Criação, em mim, fora de mim... em tudo.
E sei que em todos os momentos e lugares Ele me ouve, mesmo que  eu não consiga falar.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Um médico católico que se destacou na luta pela a abolição da escravidão no Brasil

Jeronymo Sodré era um médico católico baiano, tento sido um dos primeiros - quiçá o primeiro a se pronunciar na Câmara favoravelmente à abolição da escravatura, segundo o Professor Hermes Vieira (em Princesa Isabel: uma vida de luzes e sombras).

No discurso, além da escravidão, ele aborda questões da educação pública, do casamento civil e da liberdade religiosa. Vale a pena a leitura. Conseguimos esta cópia do discurso através do atendimento virtual da Câmara dos Deputados. Fica o registro de que fomos muito bem e prontamente atendidos.

O discurso também é importante para lembrar que foram os católicos os primeiros a manifestar-se pela abolição em nosso país. A assinatura mesma da Lei Áurea deu-se por uma grande católica, a Princesa Isabel, cujo processo de beatificação foi aberto recentemente pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Para muitos historiadores, a assinatura da Lei Áurea veio a custar-lhe o trono brasileiro.

Seguem alguns trechos do discurso, exatamente como registrados, naquela Sessão de 5 de março de 1879. Tentamos somente "atualizar" o português.

Primeiro, depois de falar sobre ensino público e casamento, começa uma pequena discussão sobre liberdade religiosa na casa. O sr. Joaquim Nabuco é um dos que se manifesta. Num dado momento, ele (Jeronymo Sodré) dá uma resposta: que lembra bastantes os textos do Vaticano II sobre a questão:

"Penso que não temos nada a recear da liberdade da fé: sou daqueles que entendem, que quanto mais liberdade houver, mais a religião católica há de crescer, porque é a verdadeira."

Passemos agora ao nosso tema, lendo as palavras do Dr. Jeronymo Sodré (os destaques e adaptações são nossos):

"Chego, sr. Presidente, à fase, porventura mais difícil para mim, do myrrhado discurso que tenho pronunciado. (Não apoiados). Desde verdes anos, ainda frequentava os bancos da faculdade e já as idéias de liberdade de todos os indivíduos me assaltavam o espírito.



Ainda era bem criança, e juntamente com alguns colegas que hoje ocupam eminentes posições em nossa pátria, fundava uma sociedade de abolição do elemento servil. Fracos eram os recursos, é verdade; mas emfim a dedicação, o zelo, pôde alguma cousa. Pouco fizemos; porém 30 gerações, pelo menos, se resgataram do cativeiro!

Mais tarde vi com grande satisfação que entre nós ia-se desenvolvendo o grande princípio da libertação de todos. O espírito público ia caminhando para este máximo desideratum das sociedades modernas.

E quando um ministro liberal incluiu na fala do trono a reforma do elemento servil, eu exultei de prazer, porque o sonho dourado da puerícia e da mocidade ia talvez converter-se em uma realidade na idade adulta.

Vi porém que pelo golpe de estado de 16 de julho tinha desaparecido esse ministério; nova situação inaugurava idéias mais retrógradas do que aquelas que tinham até então professado os mais ardentes sectários!

Pouco durou; sob o governo de um príncipe justo, sábio e filantropo, vi que os mais encarniçados adversários de semelhantes idéias não puderam deixar de curvar a cerviz e a lei de 28 de setembro anunciou a este país que dali em diante nenhum indivíduo mais nasceria escravo; lei que eu aceitei, porque não sou daqueles do tudo ou nada; mas lei que condenei, profliguei com todas as forças, porque é manca, não favorece, nem garante a condição do protegido, e ainda menos a do possuidor. (Numerosos apartes).

Lei funesta, digo, senhores, porquanto nas grandes questões sociais, não podem as reformas ser mutiladas nem truncadas; é a pedra, que rola da montanha, e que por força há de chegar ao abismo...

É preciso, que aqui cogitemos do futuro; todos sabem; a sociedade brasileira está sobre um vulcão. Não nos iludamos. Todas as circunstâncias, os fatos de todos os dias aclaram bem o espírito; se reproduzem a todo instante. E ainda há pouco a voz eloquente do nobre senador por São Paulo acaba de pedir a este parlamente medidas repressivas contra o elemento servil."

Um senhor deputado diz: "E essa reprodução de fatos é por falta de repressão".

Continua Jeronymo Sodré: "Vimos ainda agora o sr. Mnistro da Justiça, um dos maiores luminares de nossa jurisprudência (apoiados) apresentar um projeto atinente à reforma da lei penal em relação ao elemento servil. Mas, com dor profunda, declaro a S. Ex. que não posso prestar-lhe o meu humilde apoio em semelhante lei. Não posso prestá-lo, senhores, porque contra ela protesta a humanidade; contra ela protesta ainda a ciência, protesta enfim a civilização moderna! (Apoiados e apartes).

A prisão celular por anos quer dizer, mais nem menos, a morte lenta; reduzir o indivíduo à condição de irracional, fazendo-o abdicar a razão, e quase sempre sucumbir antes pela inanição!"

O sr. Felício dos Santos: "não apoiado".

O sr. Jeronymo Sodré: "Eu asseguro ao nobre deputado; antes de quatro anos, o indivíduo submetido a esta punição, será vítima da alienação mental, ou da inanição, ou estiolado pelas diferentes diáteses que acometem as prisões."

O sr. Felício dos Santos: "Não é a prisão celular que produz isso; é que o maior número de criminosos são loucos; a loucura se desenvolve mais tarde".

O sr. Jeronymo Sodré: "Se por um lado não desejo ver a reforma do elemento servil mutilada, não quero encarar, por outro, que vem sobressaltar meu espírito e consciência".

O sr. Ildefonso de Araújo: "A idéia é aceita, em outros países vai produzindo os melhores efeitos".

O sr. Jeronymo Sodré

Apelo para a filantropia desta augusta câmara e dos poderes públicos. Quanto melhor não fora, resolvermos nós, todos liberais, o grande problema? Irmos adiante do que fizeram os conservadores? (Apartes).

Eles iniciaram a marcha, embora condenada; nós que representamos as idéias democráticas, que queremos libertar o cidadão pelo meio da eleição, pelo voto e pela instrução, só deveríamos anunciar à pátria: neste país, todos os brasileiros são cidadãos, todos são livres!" (Muitos apoiados, aplausos das galerias, e não apoiados. Grande interrupção pelos apartes que se trocam).

O Sr. Cândido de Oliveira: "Seria a ruína do Brasil, e nada mais".

O Sr. Marcolino Moura: "Os Estados Unidos provaram o contrário".

O Sr. Galdino das Neves: "Há decidir o escrúpulo da Coroa".
(Há outros apartes).

O Sr. Presidente: "Atenção. Deixem continuar o orador".

O sr. Jeronymo Sodré: "Sr. Presidente, não estranho a posição em que me acho colocado nesta ilustre assembléia, e se não me arreceasse do paralelo, eu diria que me acho nas mesmas condições de Wilberforce, no Parlamento inglês, quando, senhores, aquele grande filantropo, unido a Pitt e a Fox, pela primeira vez apresentou o bill-slave trade. Quantas perturbações não produziu?

O mesmo desagrado houve, a mesma agitação deu-se, abafando a voz dos oradores; as mesmas considerações, terminando pela rejeição do bill pela imensa maioria; mas tal foi a força da idéia, tal o entusiasmo, que Wilberforce, mais tarde teve o prazer de ver realizado o seu pensamento, de todos os dias, e que tanta comoção havia produzido!"

O Sr. Joaquim Nabuco: "A Inglaterra indenizou".

O sr. Jeronymo Sodré: "Ninguém o nega: e eu não disse à câmara que não queria respeitar o direito de propriedade; pelo contrário, insisto pela emancipação atendendo-se aos direitos adquiridos, porque o contrário seria ofensa aos privilégios garantidos pela constituição." 

Um sr. Deputado: "A questão é de indenização".

O sr. Candido de Oliveira: "Com que dinheiro? Só depois que de descobrir um Potosi".

O sr. Jeronymo Sodré: "Não precisamos de Potosi para semelhante fim. Todos os dias falamos nós aqui em corrente de imigração européia, em grande naturalização, em todos estes problemas complicados das sociedades modernas; mas, senhores, agora em sã consciência, pergunto aos nobres deputados, em cada um dos quais distingo fecundos talentos, acompanhados de ilustração, acreditam que a emigração se possa estabelecer neste país, que aninha ainda em si o elemento servil, que tudo destrói, estraga e tudo corrompe?"
(Há um aparte).

Não tem razão o nobre deputado: na América do Norte onde havia escravos, era nos Estados do Sul; sabem todos, porém, que a grande corrente de emigração era até então para a Nova Inglaterra, exatamente, os Estados da União, em que não havia elemento servil. (Apartes).

De mais todos nós nos assustamos com esta idéia de emancipação. Pois, senhores, havemos de fazer a injustiça a nós, povo americano civilizado e grande, de não podermos, únicos, prescindir de semelhante instituição?

Calculai bem; atentai para as condições. Quando Euzébio de Queirós, em 1850, com mão-de-ferro comprimia o tráfego da escravatura, todos os grande pensadores daquele tempo, mas que entretanto eram espíritos obcecados, todos os lavradores enfim se levantaram contra esta salutar medida. Todos assoalhavam a morte da lavoura, a bancarrota do país! Entretanto provaram os fatos, exuberantemente, que a produção do país cresceu muito mais, além do dobro daquela de tão desgraçadas épocas! (Apartes).

Senhores, sou adepto da colonização estrangeira, mas para mim o primeiro modo de colonizar é aproveitar os braços que existem sem emprego em todo o nosso imenso território. 

Reparai bem; na hora em que a emancipação for uma realidade, todas as povoações rurais, quer queiram ou não, hão de sujeitar-se à dura lei do trabalho.

Sou filho de lavradores; estou habituado desde verdes anos a tocar a chaga com o dedo, conheço que nós, senhores de escravos, vivemos acobertados com o manto da riqueza, quando aliás a miséria nos corrói as entranhas profundamente!

Ninguém com o elemento escravo tira lucro proporcional ao capital! (Apartes).
Quando nas imensas fazendas há, por exemplo, duzentos escravos, apenas oitenta ou cem vão ao trabalho, cento e tantos pelo menos vivem à custa dos oitenta."

Um senhor deputado: "Pela má direção dos proprietários".

O sr. Jeronymo Sodré: "É pela condição do elemento. O nobre deputado que é lavrador sabe que há escravos velhos, crianças, caducos, que não suportam trabalhar, e cujo número importa em dois terços. Portanto vê que não é pela má direção, mas pela condição da instituição. (Há um aparte).

O nobre deputado nada prova com o aparte que me dá; se não há trabalho livre entre nós, como provar que o escravo é mais barato?

Já vê que este argumento pouco adianta, porquanto, se existe, e eu o sei, serviço livre, é rudimentar. 
(Apartes).

Senhores, bem compreendo: a câmara não está de acordo com minhas idéias, mas eu tinha necessidade de expendê-las; e ainda de fazer um reclamo àqueles que dirigem os destinos do país. 

Quereis a reforma da instrução? Quereis a elegibilidade dos acatólicos? Quereis a libertação dos cidadãos pela eleição direta? Quereis tudo isto, e entretanto conservais o cancro, que tudo deteriora, tudo contamina e tudo corrói!" (Apoiados).
(Cruzam-se diferentes apartes).

O sr. Presidente: "Atenção! Peço aos nobres deputados que não interrompam o orador."

O sr. Jeronymo Sodré: "Sr. Presidente, V. Ex. vê que falo com convicção, desejando somente o bem-estar do meu país".

O sr. Ildefonso de Araújo: "Todos nós reconhecemos suas boas intenções".

O sr. Jeronymo Sodré: "É uma convicção profunda que tenho, que nutro desde muitos anos e que não se pode separar do meu espírito: não acredito em nenhum progresso moral, nem intelectual, enquanto existir entre nós o elemento servil. Ele vedará, como sabe, a imigração estrangeira, a colonização nacional, e deturpará para sempre os costumes!"

O sr. Ildefonso de Araújo: "Não é este o obstáculo à emigração".

O sr. Jeronymo Sodré: "Não direi que é o único mas com certeza é um dos maiores, um dos mais importantes. (Apoiados e não-apoiados). Não quero entrar em pormenores, mas apelo para todos que têm lido, até os artigos publicados dos governos europeus, proibindo a emigração para o Brasil: uma das causas é essa."

Um sr. Deputado: "É injustiça".

O sr. Jeronymo Sodré: "Pois bem, senhores, se é injustiça, acabemos com semelhante especulação. Não tenho medo de que este país tão rico como é, apresentando as mais férteis zonas do mundo, verdadeiros elementos de grandeza em todos os reinos da natureza, faça exceção à lei geral da humanidade e só ele precise do braço escravo para poder subsistir. (Apoiados).

Isto é afronta à nossa inteligência, injustiça à nossa civilização e vilipêndio à nossa raça."

O sr. Galdino das Neves: "Isso é muito bom. Mas o governo dirá que não é oportuno". (Hilaridade).

O sr. Ildefonso de Araújo: "E dirá muito bem."
(Há outros apartes).

O sr. Jeronymo Sodré: "Sr. presidente, acho-me fatigado..."

Um sr. Deputado: "Pois tem falado muito bem" (Apoiados).

O sr. Jeronymo Sodré: "...e não quero cansar mais a atenção da casa (não-apoiados); porém, ao concluir, há de permitir-me a ilustre assembléia, ao menos que, como uma aspiração, não muito remota, eu peça aos poderes públicos que olhem para a condição de cerca de 1.000.000 de brasileiros, que jazem ainda no cativeiro!"

O sr. Befort Duarte: "Brasileiros, não."

O sr. Jeronymo Sodré: "Procuremos libertá-los do mesmo modo por que queremos emancipar o cidadão pelo voto livre. 

E, senhores, não tenhamos dúvidas: no dia em que o sol da América dourar as nossas montanhas e alumiar também as nossas férteis planícies não se ouvindo mais o grito aflitivo do mísero escravo, nessa hora, senhores, nós, com todo o orgulho, nos poderemos assentar, cheios do quanto valemos nos grandiosos e lautos banquetes da civilização moderna. (Muito bem, muito bem. Bravo das galerias. O orador é cumprimentado por quase todos os senhores deputados presentes).

sábado, 27 de abril de 2013

Comissão médica derruba pretexto para legalizar aborto na Irlanda

Desde o fim de 2012 a Irlanda enfrenta pressões tremendas para legalizar o aborto. O lobby da descriminalização instrumentalizou o caso de Savita Halappanavar, uma dentista indiana que morreu devido, supostamente, a complicações na gestação. Enfatizo o “supostamente”, porque esse foi o mote das pressões abortistas que tomaram a hipótese como fato. Foi assim pelo menos até a semana passada, quando uma comissão médica, responsável por investigar as causas da morte de Savita, concluiu que o motivo era uma septicemia (infecção generalizada) agravada por erro médico.

O site espanhol Aceprensa fez um bom resumo da história. No ano passado, a dentista de 31 anos estava grávida de 17 semanas quando foi informada pelos médicos que seu filho provavelmente não sobreviveria até o fim da gestação. Ela pediu para fazer um aborto, mas os médicos concluíram que o caso não era de “grave e sustancial perigo” para a vida da mãe, única situação em que o aborto é permitido.

Poucos dias depois o bebê morreu de forma natural e seu corpo foi retirado do útero de Savita. Logo após a cirurgia, a dentista é internada com fortes dores, não resiste e morre depois de cinco dias.

Alguns veículos de comunicação passaram a se referir ao caso como se a morte de Savita tivesse ocorrido por lhe negarem o aborto, ingnorando a existência de qualquer evidência médica que confirmasse o palpite. Grupos internacionais vinculados às redes de clínicas de aborto aproveitaram bem a brecha para pressões de todo tipo, inclusive na comissão delegada por uma juíza para investigar o caso.

Os médicos designados para a tarefa, felizmente, não cederam e apresentaram no relatório aquilo que constataram: a morte não teve nada a ver com o feto. Foi um balde de água fria naqueles que queriam aproveitar a oportunidade a qualquer custo para ver um dos países mais pró-vida da Europa abrir mão da proteção jurídica dada aos nascituros.

A Irlanda, na verdade, é muito inconveniente para o discurso do aborto como redutor da mortalidade materna, porque se trata de um dos países mais seguros do mundo para uma mulher ser mãe, mesmo mantendo o aborto ilegal.

Conforme estudo do doutor Elard Koch, professor da Universidade do Chile e doutor em Ciências Bomédicas, em 2010 o país registrou três mortes maternas em cerca de 75 mil gestações. O baixo índice de mortalidade infantil no parto também impressiona com uma média de quatro óbitos para cada 100 mil nascimentos.

Para quem quer saber mais sobre o caso de Savita e o movimento pró-vida no país, o blog Keep Ireland Pro-Life é um bom agregador de conteúdo.

Fonte: blog da Vida - Gazeta do Povo

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Papa recebe presidente da FIAMC

Na tarde do último sábado, 20 de abril, Sua Santidade o Papa Francisco recebeu em audiência privada na Domus Sanctae Marthae (Cidade do Vaticano) o presidente da FIAMC (Federação Internacional das Associações dos Médicos Católicos) Dr. José Maria Simón Castellví. Ambos falaram em espanhol. O dr. Simón falou sobre a proteção da maternidade, a prática da Medicina hoje em dia e as atividades da Federação no mundo inteiro.
O Papa Francisco agradeceu pelas atividades desenvolvidas pelos médicos católicos e pediu ao Dr. Simón que transmtisse assim a todos.
Fonte: FIAMC
Obs: a foto reproduzida abaixo foi tirada por um guarda suiço com o telefone celular do Dr. Simón.


segunda-feira, 4 de março de 2013

Uma curiosidade sobre o próximo Conclave

Entre os 115 cardeais que irão escolher o sucessor de Bento XVI, temos dois médicos. São eles:

1) Cardeal Eijk (Willem Jacobus Eijk), holandês, Arcebispo Metropolitano de Ultretch. Tem agora 59 anos. Estudou medicina na Universidade de Amsterdã. Ordenado sacerdote em 1985 e bispo em 1999. Foi criado cardeal pelo Papa Bento XVI, em 18/02/2012.

2) Cardeal Amigo Vallejo (Carlos Amigo Vallejo), espanhol, Arcebispo Emérito de Sevilha. Tem agora 78 anos. Estudou medicina em Valladolid. Depois, antes de ingressar na Ordem dos Frades Menores, ainda formou-se em psicologia, em Madrid. Ordenado sacerdote em 1960 e bispo em 1974. Foi criado cardeal em 2003, pelo Papa João Paulo II.

Que São Lucas interceda por todos os cardeais para que façam a escolha certa, conforme as inspirações do Divino Espírito Santo.

Créditos: imagens e dados obtidos do blog Papas, Cardeais e Conclaves.